12/02/2011

ESU



Èsù

Para a cultura Yorùbá, Èsù é o justiceiro Divino, aquele que olha tudo, que leva a Olódùnmarè os anseios do homem e o trás de volta em forma de benefício, Àse ou não.

Tudo o que existe tem sua polaridade, e Èsù será aquele que nos dará a pista de qual o caminho tomar, ele traduz a linguagem densa de nossa crosta terrestre para chegar no divino, gerando caminhos (Odú), portanto ele é a primeira semente geradora

Ele será plantado em uma pedra, chamada Yangi na qual os sacerdotes invocarão um espírito, e daí por diante você deverá criar uma afinidade de tal forma que tudo o que faça possa com ele dialogar, em todos os momentos, todos os dias e horas, se não fisicamente, mentalmente, criar uma simbiose. Forças são energias vivas que não podem ficar paradas, se você não tem este contato, com o tempo se vão, e aí você perderá novamente este elo de ligação, e só lhe restará uma pedra.

Yangi é o primeiro ser criado da existência, é conhecido como Èsù Agba, o Ancestral primordial, e seus assentamentos mais antigos tradicionais eram simples pedras de laterita vermelha, colocadas no chão e, onde eram feitas suas oferendas e sacrifícios.

Yangi é o símbolo da existência diferenciada, o elemento dinâmico que leva a propulsão, à mobilização, à transformação e ao crescimento. Ele é o principio dinâmico de tudo que existe e do que virá a existir.

Conta a lenda que Exu se descontrolou e passou a devorar toda a preexistência, sendo então obrigado por Orunmilà, após uma longa perseguição, a vomitar tudo de volta. Foi cortado em milhares de pedaços e transforma-se em “hum” multiplicado pelo infinito.

NOMES DOS ESUS E SEUS ATRIBUTOS

Èsù

NOMES DOS ESUS E SEUS ATRIBUTOS

YANGI = É o principio de tudo, a própria memória de Olodunmare, seu criador .

AGBA = O mais velho e, por conseqüência, o pai que é retratado no mito em que Orunmila o persegue através dos nove Orun.

IGBA KETA = É o terceiro aspecto mais importante de Exu que está ligado ao numero três, a terceira cabaça, na qual ele é representado pela figura de barro junto aos elementos da criação

OKORITÀ META = É ligado ao encontro dos caminhos ou à encruzilhada: o encontro de três ruas (Y).

OKOTO = É representado pelo caracol-agulha, mostra a evolução de tudo que existe sobre a terra, e está ligado ao Orisà Ajé Saluga, o antigo Orisà da riqueza dos yorubas.

OBASIN = É por este nome que é conhecido e cultuado em Ilé Ifè .

ODARA = É o que, se satisfeito através do sacrifício, traz a felicidade ao sacrificante.

OJISÈ EBÒ = É o que observa todos os sacrifícios rituais e recomenda sua aceitação levando as suplicas a Olodunmare.

ELERU = É o que leva os carregos dos iniciados (Erupin).

ENUGBARIJÒ = (O COLETIVO) É o que devolve a todos o sacrifício em forma de benefícios.

ELEGBARA = É o todo poderoso que transforma o mal em bem, cujo poder reside na transformação das coisas.

GBARA = É um dos mais importantes aspectos de Èsù, pois ele é o Èsù do movimento do corpo humano, infundido no corpo pré-humano, ainda no Orun por Obatalà, sendo “assentado” no momento da iniciação, junto com o Ori e o Orisa individual.

ONA ou OLONA = É o senhor de todos os caminhos.

OLOBÈ ou OBÈ = É o senhor da faca, tem de ser reverenciado ao começar todos os sacrifícios, onde a faca é necessária.

ELEBÒ = É o carregador de todos os Ebòs.

ELEPO = É ele que recebe o sacrifício do azeite de dendê .

INA = Um dos aspectos mais importantes desse Èsù primordial é presidir o Ipade, sendo o dono do fogo.

No Brasil também se cultua os seguintes Exus:

TIRIRI, ALAKETU, AKESAN, LODE, BARABO,

IJELU,BARA ALAJEKI, MARABO...etc.

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